A história nos conta que há
7.000 anos viveu um grande yogue chamado Sada Shiva, mas popularmente conhecido
como Shiva. Considerado mais tarde como um Deus dentro do hinduísmo pela suas
qualidades extraordinárias. É considerado o Pai do Yoga e da Dança, pois graças
a ele essas duas práticas foram aprimoradas.
Suas contribuições estão
tanto na esfera espiritual como na social.
Ele tinha vários nomes atribuídos as suas qualidades ou “facetas":
Ele tinha vários nomes atribuídos as suas qualidades ou “facetas":
Nataraja, (o rei da
dança), Pashupati (o senhor dos seres/animais), Mantreshvará (senhor dos
mantras/música), Yogueshvará (senhor do yoga), Shambho (onde reside a alegria) e muitos outros.
Primeiramente foi
cultuado pelos povos nativos da índia, os Dravidianos, e logo também pelos
arianos (nômades).
Como dançarino, criou uma
dança vigorosa para os homens chamada de tandava, onde ritmo e pulos são características importantes.
Acrescentou a ciência dos mudras ou
hastas (gestos) estabelecendo uma harmonia entre ritmo e melodia.
As expressões do corpo
através de ritmo já existiam na época de Shiva, mas não de maneira tão sistemática
e não havia a sutileza dos gestos com as mãos. Uma das três esposas de Shiva, a
Parvati, contribuiu para deixar a dança mais graciosa e feminina.
Na dança clássica indiana, falamos que a dança é composta de Shiva e Parvati - A parte rítmica, do quadril para baixo é a dança de Shiva e do quadril para cima é a dança de Parvati. O equilíbrio da energia masculina e feminina, a conexão com o mundo terreno e o psico-espiritual.
Na dança clássica indiana, falamos que a dança é composta de Shiva e Parvati - A parte rítmica, do quadril para baixo é a dança de Shiva e do quadril para cima é a dança de Parvati. O equilíbrio da energia masculina e feminina, a conexão com o mundo terreno e o psico-espiritual.
Os mudras ou hastas criados por Shiva não eram apenas para aperfeiçoar a estética da dança, ele criou da mesma forma que as asanas do yoga, para produzir um efeito positivo na mente. As diferentes posturas e mudras surgiram ao se observar o comportamento dos animais que se expressam de diferentes maneiras conforme a hiperatividade e hipoatividade das suas glândulas.
O ser humano quando se movimenta fazendo posturas e mudras também pode ativar suas glândulas, produzindo estados positivos de humor.
O ser humano quando se movimenta fazendo posturas e mudras também pode ativar suas glândulas, produzindo estados positivos de humor.
O Simbolismo de Shiva Nataraja
Nas imagens mais
conhecidas de Shiva ele aparece sentado em postura de meditação, ou ao lado de sua esposa
Parvati, montado em seu touro ou dançando em um círculo ornamentado de chamas.
Muitos outros elementos e
símbolos estão presentes nas imagens de Shiva para representar sua vida e
ensinamentos.
Na representação de Shiva
Nataraja ele dança a Tandava, que representa o poder da vida, a superação
do medo da morte e ignorância. O círculo em chamas representa o ciclo de
renovação.
Na mão esquerda ele segura o fogo que simboliza a
morte, destruição. Na mão direita segura um tambor simbolizando - a capacidade
mental, a luta contra a ignorância, as artes.
Com a palma da mão direita a mostra fazendo o gesto
abhaya mudra, Shiva abençoa todos os seres. A mão esquerda no gesto
dolam representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.
As cobras no pescoço de shiva representa do domínio da
morte e também representa a energia espiritual (kundalini).
A dança de shiva também representa o ciclo sem fim da
existência (dança cósmica) onde deus brinca com suas criaturas, trazendo sempre
a renovação.
As diferentes correntes filosóficas da Índia consideram que Deus tem três aspectos: Ele é Brahma o criador, Vishnu o preservador e Maheshvara o destruidor ou transformador. Em Shiva, predomina a energia da transformação. Mas enquanto mestre de todos os mestres, ele possui todas as qualidades do yogue perfeito, um eterno revolucionário.
Texto: Krsná Devi (Karla Mara Rosa Scherer)
Professora de Yoga e Dança Indiana
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Discourses on Tantra Volume One [a compilation]. Eletrônica das Obras de P. R. Sarkar – versão 7.5 (em inglês).
A Few Problems Solved Part 1, 1959. Eletrônica das Obras de P. R. Sarkar – versão 7.5 (em inglês).
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ResponderExcluirExcelente texto!!!!!